Uma petição, proveniente de um proeminente escritório de advogados de Nova Iorque, deu entrada, no dia 8 de Junho corrente, no Tribunal do Distrito Oriental de Nova Iorque (U.S. District Court for the Eastern District of New York), em Brooklyn, a pedir ao juiz Nicholas G. Garaufis “autorização para rejeitar a acusação porque o atraso no julgamento do Sr. Chang violou o seu direito a um julgamento célere”.
É o início de uma nova batalha – na longa luta legal – de Manuel Chang para travar a sua extradição para os EUA.
A petição submetida pela defesa de Chang ao tribunal norte-americano mostra que o antigo ministro das Finanças está disposto a lutar contra a sua extradição aos EUA e que mesmo que esta venha a acontecer, não pretende confessar os crimes de que é acusado e beneficiar de um possível acordo de dilação premiada, que vigora nos EUA.
Pelo contrário, Chang mostra que quer usar os recursos financeiros de que dispõe para tentar absolvição pelo júri ao invés de tentar acordo com o departamento de Justiça doas EUA. Chang é acusado de ter recebido entre 5 a 7 milhões de dólares de subornos da Privinvest e parece estar disposto a usar este dinheiro para contratar bons advogados para o defender. Segundo a acusação, o dinheiro de Chang foi transferido para contas bancárias no exterior, pelo que continua a estar à sua disposição.