O projecto de exploração de gás no bloco de Búzi, Moçambique, enfrenta sérios problemas decorrentes da falta de transparência na gestão dos recursos, especialmente considerando que os valores transferidos pela empresa Búzi Hydrocarbons são considerados custos recuperáveis. Entre 2009 e 2023, foram transferidos cerca de 2,15 milhões de dólares americanos para os cofres do Estado, destinados a programas de formação e desenvolvimento local. No entanto, a falta de prestação de contas detalhada sobre o uso desses fundos levanta preocupações significativas. A ausência de clareza na aplicação dos recursos resulta em benefícios limitados para as comunidades locais e aumenta o risco de desvio dos fundos para interesses particulares, comprometendo assim a eficácia e integridade do projecto de gás de Búzi.
A falta de transparência não só compromete a monitoria adequada dos investimentos, mas também dificulta a avaliação do impacto real desses recursos na população local. O cenário se torna ainda mais crítico devido à natureza dos custos recuperáveis, pois a prestação de contas detalhada é essencial para assegurar que esses recursos sejam recuperados de forma apropriada no futuro, conforme estabelecido no contrato de concessão.
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