O sistema de pensões dos funcionários públicos, gerido pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), está a tornar-se insustentável e com um risco elevado para as finanças públicas. Em causa está uma combinação de factores: (i) o aumento do número de beneficiários (pensionistas), (ii) a redução do número de funcionários e Agentes do Estado (FAE) contribuintes (para o fundo de pensões) e (iii) a falta de transparência na gestão dos fundos e nos investimentos realizados pelo INPS.
Em seis anos, de 2016 a 2021, devido às restrições de contratação de novos funcionários públicos, o número de pensionistas aumentou duas vezes mais que o número de funcionários públicos no activo, tendo reduzido o rácio funcionários públicos por pensionista de 7,27 para 5,49. Isto significa que há cada vez menos funcionários que contribuem para o pagamento a um pensionista.