Moçambique deu passos significativos ao estabelecer um Fundo Soberano como promessa de uma gestão sustentável dos lucros do gás natural. Com 134,6 milhões de dólares já acumulados (2022 a Agosto de 2024) e instituições de supervisão em funcionamento, o Fundo Soberano de Moçambique (FSM)surge como um símbolo de esperança para as gerações actuais e futuras. Mas será que esta promessa se sustenta sob um olhar mais atento?
Por trás dos números, emergem dúvidas inquietantes. Como justificar a falta de transparência nas receitas anunciadas? Por que os fundos acumulados permanecem inactivos, sem gerar rendimentos financeiros, enquanto o país enfrenta graves desafios fiscais? Este artigo examina os avanços alcançados e os riscos subjacentes do FSM, convidando o leitor a questionar: estará Moçambique a construir um futuro sustentável ou a navegar em águas turvas de incerteza?