1
×
Cadastre-se!

Ana Cabral nasceu em maputo, no bairro da malhangalene. na infância, passava o período de férias com os avós paternos, em Inhambane e com os avós maternos, em manica. teve uma infância arrapazada, solta e feliz num meio onde se praticava desporto e se aprendia música. fez o ensino primário na Escola “7 de Setembro”. Iniciou o ensino secundário na “francisco manyanga” e foi terminá-lo no Colégio “delta”, na Cidade de maputo. Cedo teve inclinação para a História por influência do professor Chicane no atinente à sua entrada na UfICS explicou-nos que “houve um tempo que comecei a gostar de leitura. Lembro-me que estava a ler um livro de ngungi Wationgo , um escritor queniano renomado, quando decidi ingressar nas ciências sociais. na altura, a pequena biblioteca caseira andava cheia de autores africanos”.


Os seus estudos universitários iniciaram sem nenhum domínio do que eram os cursos, foi o seu amigo Hélder Timana, que a influenciou e a convenceu a seguir a área social. os primeiros anos de universidade foram um encanto porque “conheci novos colegas. Tive a oportunidade de perceber a grandeza e a diversidade do País através dos meus colegas. Percebi que somos um mosaico cultural; que havia diferentes formas de conceber a vida e encarar o mundo. Foi uma experiência interessante. Lembro-me, ainda hoje, do Professor Fernando Ganhão que quando entrava na sala os estudantes se levantavam e ficavam em sentido. A UFICS mostrou-me a dimensão real do País”. Depois do tronco comum (Introdução às Ciências Sociais) decidiu fazer sociologia porque pensava que era uma disciplina mais holística, mais abrangente. Em 2005, na altura em que começou a escrever para a finalização do curso, participou em encontros com o marcelo mosse, Adriano nuvunga e Edson Cortez, onde se falava da possibilidade de criar uma organização que pudesse trabalhar à volta dos conceitos das ciências sociais combinados com o jornalismo investigativo. Eram reuniões que se realizavam em vários lugares da cidade. foi nesses encontros que decidiu fazer parte do núcleo fundador do Centro de Integridade Pública.

Quisemos saber como ela viu o trabalho do CIP nestes últimos 15 anos e disse-nos que “estou convencida que ele é um separador de águas: há uma história da administração pública moçambicana antes do ciP e há uma história da administração pública moçambicana diferente depois do ciP. esta OSc soube criar condições, para municiar o cidadão com informação que o levou a pensar a sociedade de uma forma critica. O ciP é incisivo porque expõe os casos e mostra provas”, concluiu.