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Edson Cortez nasceu no dia 2 de maio de 1979, em Quelimane, Província da Zambézia. É filho mais velho de seis irmãos. Em 1985, a família mudou- se para maputo onde ele fez o ensino primário na “3 de fevereiro”. Iniciou o ensino secundário na “maxaquene” e foi concluí-lo na Escola Comercial de maputo. Adora futebol. fora do País, não tem nenhuma preferência especial por um clube, mas gosta do treinador português, José mourinho. Internamente gosta do “maxaquene”. fez um exame especial do ensino médio, passou, concorreu e ingressou na universidade “Eduardo mondlane”

“Fui bom estudante de história e gostava de letras, em geral. isso foi decisivo para a minha escolha das ciências sociais como curso superior. Fiz o bacharelato, depois a licenciatura em Administração Pública. no decurso do bacharelato e licenciatura, entre os docentes que me marcaram estão o Professor Fernando Ganhão (História das ideias) e Adelino Pimpão (Fundamentos de economia)”, disse.


Foi com Ganhão que aprendeu que se deve ter perspectivas diferentes sobre um determinado assunto e não ter medo de errar e de pensar diferente. Amigo de marcelo mosse, em 2003, no processo de identificação de um problema científico, para a monografia de licenciatura, foi ele que o aconselhou a escolher a corrupção como tema. teve como orientador o Professor José Jaime macuane e apresentou a Monografia “Análise do fenómeno corrupção no sector da saúde- o caso do ministério da Saúde”.

Marcelo foi à Portugal fazer um mestrado em “Estudos de desenvolvimento”. Quando voltou, em 2004, convidou-o a juntar-se ao Adriano nuvunga (com quem já vinha falando) para fundarem uma organização que trabalharia sobre assuntos de corrupção.

“Nessa altura, o Mosse conhecia alguns doadores entre eles o Marc de Tollenaere, que trabalhava na Sdc (cooperação Suiça) e fomos consolidando a ideia. convidámos outras pessoas (a maior parte delas ex-colegas da UFicS) e surgiu o centro de integridade Pública, em 2005. convidámos pessoas por afinidade e por termos ideias comuns. Na altura, ninguém imaginava que surgiria uma organização com o nível de prestígio que hoje o ciP tem (modéstia a parte). O que nos moveu é a ideia de que um País não se faz com uma única maneira de pensar. A democracia deve ser polifónica. Recorremos ao que aprendemos, na universidade, como foco metodológico. como pode ver, o nosso esforço é constatar, analisar e apresentar provas. Sob direcção de Marcelo Mosse, o jornalismo investigativo afirmou-se, na fase inicial, como área transversal importantíssima na nossa organização. O diálogo é uma componente importante da democracia” explicou.


Em qualquer País do mundo um dos sectores onde acontecem aspectos de corrupção é o de Procurement. Era necessário conhecer a parte legal. Era preciso estar preparado para analisar a problemática da governação na sua amplitude e magnitude. no caso de moçambique havia necessidade de se estar preparado para evitar a materialização da tristemente célebre “maldição dos recursos”. Segundo Cortez, actual director do CIP, “foi tendo em conta estes e outros aspectos que fomos construindo os pilares do ciP, contratando colaboradores competentes para cada uma das áreas. A ideia é olhar para a nossa missão e visão e ir moldando a estrutura da organização, para responder e corresponder a estes dois aspectos”.

A finalizar a nossa conversa, considerou a campanha “Eu não pago as dívidas”, um dos momentos ímpares da vida do CIP.

CIP - Centro de Integridade Pública