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Nasceu na década de 70 do século xx. recorda-se de ter tido uma professora rigorosíssima no ensino primário, que o ajudou a moldar o carácter. nos primórdios da juventude foi um desportista eclético. Até hoje continua a praticar a sua modalidade predilecta: a natação. Por causa da transferência do pai teve que ir viver na Cidade da beira. Em 1991 voltou para maputo por ter sido alistado para cumprir o Serviço militar obrigatório. lembra-se que “foi num período em que o crepitar das armas era muito forte e não havia certeza de salvação, para quem fosse cumprir a tropa”.

Confessa que não fugiu da tropa. Cresceu numa família religiosa que lhe serviu de pote de valores como a compaixão, o respeito ao próximo e o amor à vida.

Começou os seus estudos universitários na UFICS, em 1997. foi lá “onde conheci alguns colegas que mais tarde vieram a ser membros fundadores do CIP (Marcelo Mosse, Adriano nuvunga, Sélcia Lumbela, edson cortez e Ana Karina Cabral). Dois anos depois fiz Bacharelato em Ciência Política. Seguidamente fiz licenciatura em Administração Pública, em 2001. Foram estas duas áreas (que se complementam), que me ajudaram a pautar por viver de uma forma justa e transparente”, explicou.


A maior parte do grupo fundador do CIP estudou na UFICS, na UEM. foi na altura da transição do Governo de Joaquim Chissano para o de Armando Guebuza. “na governação do Presidente chissano, os níveis de corrupção atingiram níveis alarmantes; celebrizou-se pelo espírito de “deixar andar”, onde cada um fazia o que queria e entendia. Olhava-se para os cofres do estado como “saco azul” onde cada um podia tirar o que quisesse, dependendo das oportunidades que tivesse. Fomos notando o agravamento das condições de vida dos moçambicanos. Vimos que isso acontecia não somente pelo facto de sermos um País sem recursos, estava, também, diretamente ligado às formas de gestão do bem público, explicou bila.

Os acontecimentos da época acima pormenorizada serviram de base para a consolidação da ideia da fundação do CIP, em 2005. nessa altura o marcelo mosse e o Adriano nuvunga tiveram trabalhos com a SDC (Cooperação Suiça), em que o Marc de Tollenaere aconselhou-os a se organizarem, porque havia possibilidade de se dar mais passos. foi neste cenário que surgiu a ideia da formação do grupo fundador.

O nosso entrevistado orgulha-se pelo trabalho realizado pelo CIP nestes últimos 15 anos, porque serviu de bússola e barómetro de governação em moçambique.