Moçambique não tem vindo a registar melhorias no índice sobre corrupção da Transparência Internacional (TI). Mais uma vez, depois de no ano passado ter caído cerca de quatro (4) lugares, no presente ano voltou a cair mais dois (2) lugares no índice da TI, o que significa que em dois anos registou uma queda de 6 lugares no score (posição), o que nunca tinha acontecido desde que este índice começou a ser produzido e publicado em 1995, o que, dado o prestígio do mesmo, coloca o país a nível internacional numa posição que o desprestigia.
Esta acentuada queda de Moçambique não pode estar alheia às matérias relacionadas com as dívidas ilegais contraídas no consulado do antigo presidente, Armando Guebuza, mas que na actual governação do presidente Filipe Nyusi continuam sem que sejam esclarecidos os contornos que conduziram à sua contratação. Segundo a sociedade civil, os parceiros de cooperação e as instituições de Bretton Woods (desiganadamente Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional), isso só será conseguido com a responsabilização criminal dos envolvidos e não com a mera tentativa de responsabilização administrativa que está a ser ensaida/engendrada com a intermediação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Como se sabe, a PGR remeteu para o Tribunal Administrativo uma denúncia sobre a existência de infracções de natureza financeira neste intrincado processo.