As contas da ENH, referentes a 2016 e 2017, mostram que o braço empresarial do Estado no sector de hidrocarbonetos não se apresenta de boa saúde financeira, apesar das contas apresentarem resultados líquidos positivos no valor de 2.187,7 milhões de meticais e 2.765,1 milhões de meticais, nos exercícios de 2016 e 2017, respectivamente.
Considerando a dívida para o financiamento do projecto FLNG (Área 4), o valor total da dívida no exercício económico 2017-2018 deverá crescer em pelo menos o dobro, passando de Usd 425 milhões ( 25,5 mil milhões de meticais) para cerca de Usd 1.116,7 milhões (67 mil milhões de meticais).
Para garantir a participação da ENH nos projectos de gás da bacia do Rovuma a ENH terá que incorrer, até ao final de 2019, em dívida de, pelo menos, 12,3 mil milhões de dólares referente tanto à fase de prospecção como à de desenvolvimento.Portanto, o crescimento do valor do empréstimo para financiar a participação da ENH nos projectos da bacia do Rovuma, associado ao modelo de financiamento que está a ser adoptado comprometem a situação financeira da empresa e os benefícios da participação do Estado no sector de hidrocarbonetos.