A decisão do Governo moçambicano de entrar na disputa pela extradição, para Moçambique, do ex-ministro das Finanças, Manuel Chang, está a custar milhões de meticais aos cofres do Estado. Desde Julho de 2019, o Governo já pagou, pelo menos, 23 milhões de rands (mais de 100 milhões de meticais) à firma de advogados “Mabunda Incorporated Attorneys At Law”, escritório sul-africano de advogados que representa a Procuradoria-Geral da República em tribunais da África do Sul no caso Chang.
O Centro de Integridade Pública (CIP) é contra a pretensão do Governo moçambicano de extraditar Manuel Chang para Moçambique. Entende que Manuel Chang deve ser extraditado e julgado nos EUA e, posteriormente, transferido para Moçambique, onde também poderá ser julgado. O CIP defende que a Procuradoria – Geral da República deve desistir de tentar extraditar Manuel Chang para Moçambique e concentrar esforços na recuperação de activos das dívidas ocultas e na investigação e acusação dos arguidos já detidos em Moçambique.