A classe dos profissionais de saúde apresenta um risco acrescido de contaminação pela COVID-19 relacionado com a alta exposição a que estão expostos no seu ambiente de trabalho. Nos últimos meses, o país tem assistido a um crescimento do número de casos da COVID-19 entre profissionais de saúde. Só no hospital de referência do país, o Hospital Central de Maputo (HCM), foram reportados 375 casos de COVID-19 dos quais 29% (110) ocorreram na classe médica, o que remete imediatamente ao início do isolamento que culmina com uma redução em 28% de pronto-socorro das equipes médicas para o atendimento aos pacientes. Com a estrutura de saúde sobrecarregada, “Profissionais de saúde encontram-se doentes e os que continuam em exercício da actividade exaustos” afirma a MSF (Médicos Sem Fronteira).
Esta situação coloca em causa a capacidade de resposta dos hospitais ao fornecimento de serviços de saúde, deteriorando cada vez mais a situação de ineficiência estrutural do sector.