Os agentes do Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE) implicados na contratação ilegal e gestão danosa das dívidas ocultas nunca foram sujeitos a processos disciplinares, não obstante haver bastantes evidências de que se serviram da sua posição profissional para lesarem o Estado. Pesa contra alguns deles o crime de abuso de cargo.
O Centro de Integridade Pública (CIP) apurou que contra Gregório Leão José, António Carlos do Rosário e Cipriano Sisínio Mutota, todos oficiais do Serviço de Informações e Segurança do Estado, não foram abertos processos disciplinares relacionados à sua conduta. Este facto é do conhecimento da Procuradoria-Geral da República, a guardiã da legalidade. Os aludidos oficiais estão constituídos arguidos no julgamento do processo-crime n.º 18/2019-C, em curso na 6ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.