O aumento da despesa pública, resultante da implementação da tabela salarial única (TSU), fez com que Moçambique não alcançasse a meta de desempenho dos indicadores fiscais, definida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2022. O incumprimento colocou em risco o financiamento da segunda parte do acordo trienal ao abrigo do programa de facilidade de crédito alargado que possibilita o desembolso de 60,6 milhões de USD.
Para além do aumento da despesa causada pela implementação da TSU, pesou também para o incumprimento das metas do FMI, o atraso do pagamento da dívida pública por parte de uma empresa pública
Pelo incumprimento das metas, o Governo de Moçambique teve de fazer um pedido ao Conselho de Administração do FMI para ser dispensado do cumprimento destes dois indicadores de desempenho: redução da massa salarial e o cumprimento do calendário de pagamento da dívida pública.