Alfredo Binda é filho de um funcionário público da administração colonial portuguesa (veterinário). nasceu em Angónia, na Província de tete. Por obrigações profissionais o seu pai trabalhou em vários distritos do País e ele passou a infância entre nampula, marrupa, ribaué e beira. falando da sua rica infância disse-nos que “as nossas brincadeiras consistiam na caça de passarinhos com fisga e armadilhas de nembo; fazíamos cowboiadas, pescávamos e íamos apanhar cogumelos. Vivíamos numa farma e montávamos armadilhas para apanhar coelhos e outros animais”.
Teve muitos amigos pastores que o ensinaram os segredos de viver no mato. Com eles, aprendeu a nadar no rio. fixou-se na beira onde terminou o ciclo preparatório e, por obrigações da revolução veio para maputo onde integrou a Geração “8 de março”. fez o curso técnico de contabilidade. Começou a sua vida profissional em Chimoio, na Empresa “Construtora Integral”, durante 6 anos. foi naquela cidade onde iniciou a vida artística como vocalista principal de uma banda musical chamada “Cripton”. teve problemas por ser “rebelde” e por recusar a ser subserviente. A situação complicou-se e foi viver no zimbabwe, onde conheceu muitos artistas, entre eles, david mafumo e oliver m’tunkunzi, afamados músicos locais.
“Quando a situação começou a melhorar (abertura política para o multipartidarismo) voltei para Beira e comecei a trabalhar como contabilista na “companhia de Pipeline Mozambique Zimbawe”. nessa altura compus a música “Tanta gente vai morrer até que possa viver”, que serviu de efeito especial em muitos programas ligados ao processo de Assinatura do Acordo de Paz, em 1992. Foi um marco da liberdade de expressão. Seis anos depois vim para Maputo e trabalhei na Gestão Financeira da embaixada da irlanda Foi neste período que conheci Marcelo Mosse”, explicou binda.
Foi mosse que o convidou para ser membro fundador do Centro de Integridade Pública, em 2005. na fase inicial, a sua função foi ajudar a montar o sistema de gestão e selecionar colaboradores para este pilar importante da instituição.
Sobre os 15 anos da instituição que ajudou a construir disse-nos que “o CIP é uma marca na sociedade civil moçambicana. Hoje, por terem confiança no nosso trabalho, as pessoas até confundem o ciP com um tribunal: preferem vir ter com o ciP para apresentar os seus problemas. A organização foi fundamental no desenho de políticas para a transparência na área da industria extrativa”.
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